MAIS PS, ACREDITAR NO FUTURO!

Comissão Política Concelhia de Santarém:cpc.ps.santarem@gmail.com


12/28/2006

A PROMOÇÃO DO CONFLITO - UMA ESTRATÉGIA PARA O CONCELHO E PARA A REGIÃO

O PSD e o Dr. Moita Flores souberam em pouco tempo construir em Santarém uma poderosa Máquina de Comunicar.
Trata-se de um instrumento político altamente profissionalizado e orientado para a obtenção de ganhos imediatos, sem pudores nem constrangimentos. A sua lógica de actuação e de comunicação, simples e por isso eficaz, assenta em apenas quatro pilares:
· Mentir para noticiar.
Esta medida assenta na construção/invenção de factos políticos altamente mediatizáveis e na divulgação dos mesmos, culpando de todos os males o anterior executivo socialista.
Esta é uma autêntica cortina de fumo, accionada sempre que o poder corre o risco de ser desvendada alguma incapacidade para resolver problemas estratégicos e estruturais;
· Divulgar para não resolver.
Depois de divulgada a “bronca” e encontrados os “responsáveis”, já não é preciso fazer mais nada porque os objectivos foram alcançados, tendo os “culpados” sido trucidados na Praça Pública perante a complacência da comunicação social;
· Destruir para salvar.
A sobrevalorização de pequenos erros e da sua resolução através de ligeiras emendas que são enaltecidas como se da descoberta do Caminho Marítimo para a Índia se tratasse, ou a forma despudorada como obras concebidas, projectadas e financiadas no último mandato, vão aparecer, apenas com pequenas alterações nas roupagens, como soluções altamente inovadoras do actual executivo;
· A promoção de festas Pimba.
Uma inquestionável força geradora de afectos faceis e de um encantamento pacóvio, capaz de congregar uma legião de incautos orientada para objectivos básicos e primários como o bairrismo exacerbado;
A par desta actuação centrada no concelho, o Dr. Moita Flores tem promovido, a nível regional e em clara consonância com a Distrital do PSD, um deprimente e aguçado processo de vitimização.
O propósito é claro: destruir a credibilidade do Partido Socialista e dos seus mais conceituados e prestigiados autarcas bem como fazer implodir a coesão interna das mais importantes associações e empresas onde, ao longo dos últimos anos, o Município de Santarém tem encontrado apoio e desenvolvido estratégias de desenvolvimento. Fala-se, claro, da CULT e do CNEMA.
É muito importante manifestarmos publicamente a nossa insatisfação pela forma ardilosa e deliberada como o Sr. Presidente da Câmara tem actuado em relação à Direcção da CULT.
O resultado era previsível e para Moita Flores o desejável. Da sua actuação resultou a morte anunciada da empresa Águas do Ribatejo.
Este será um rude golpe no desenvolvimento do concelho de Santarém, pondo em causa um investimento de 30 Milhões de euros (6 milhões de contos) em saneamento básico e renovação da rede de águas, que o anterior executivo tinha garantido para ser concretizado nos próximos quatro anos.
Este resultado é também desastroso para toda a região, pondo em causa o trabalho desenvolvido por muitos Presidentes de Câmara do Partido Socialista e assentando que nem uma luva na estratégia de descredibilização dos eleitos do PS.
Sendo por demais evidente que a quebra de solidariedade com os restantes municípios que integram a CULT, pode conduzir Santarém a um isolacionismo indesejável, numa época em que a interacção regional é um imperativo para um desenvolvimento integrado e sustentável, então que estranhos e obscuros objectivos justificam este ataque de Moita Flores e do PSD à Direcção da CULT e à empresa Águas do Ribatejo?
Que estranhos e obscuros objectivos justificam este ataque de Moita Flores e do PSD a uma organização que ainda enquanto Associação de Municípios, sempre foi determinante para o desenvolvimento de Santarém e da região da Lezíria do Tejo?
Que estranhos e obscuros objectivos explicam a consonância de ataques de Miguel Relvas e Moita Flores à coesão da CULT e aos seus objectivos estratégicos?
Menorizar a CULT face à CUMT, pôr em cheque a Lezíria face ao Médio Tejo, criar artificialmente um conflito regional para impedir uma eventual reunificação numa única Comunidade Urbana, o Ribatejo e o Oeste?
Provar, pela previsível futura dificuldade em resolver o problema das águas e do saneamento, que a gestão autárquica social-democrata é superior à socialista?
Tudo isto é, não só possível, como até muito provável.
Mas penso, sinceramente, que só por si não valeria tanto esforço.
Outros valores e outros interesses existirão. Por outras políticas se movimentarão estes actores, porventura para um palco muito mais vasto, provavelmente para uma plateia muito mais ampla. O tempo o dirá.

Santarém, 27 de Dezembro de 2006
Luís Fonseca


PS:
No anterior mandato autárquico a CDU votou contra a existência da empresa Águas do Ribatejo, por alegadamente, ser, sob o ponto de vista ideológico, contrária à privatização das águas.
Neste mandato a CDU votou contra o aumento de capital da empresa Águas do Ribatejo, o que na prática significou a morte desta empresa Intermunicipal e a sua substituição por uma empresa Municipal que substituirá os SMS.
Veremos o seu comportamento futuro e avaliaremos a sua coerência, quando for votada em Sessão de Câmara a participação de um parceiro privado na “futura” Empresa Municipal das Águas e Saneamento do Concelho de Santarém (EMASCS).
Se a CDU for coerente, continuará a votar não, o que significa que a EMASCS é filha uma morte anunciada…

12/26/2006

Às voltas com as águas

Estamos na época natalícia; aqui ficam algumas palavras para reflexão retiradas da “Análise da Inteligência de Cristo” de Augusto Jorge Cury:

“O Mundo pára para comemorar o seu nascimento no final de Dezembro, mas a maioria das pessoas não tem consciência de como Ele foi uma pessoa magnífica e surpreendente. Depois de Ele ter passado por esta sinuosa e turbulenta existência, a humanidade nunca mais foi a mesma. Se o mundo político, social e educacional tivesse vivido minimamente o que Cristo viveu e ensinou, as nossas misérias teriam sido extirpadas, teríamos sido uma espécie mais feliz...”

Que o Natal lhe tenha trazido tudo o que desejou. A solidariedade deve continuar no resto do ano e muitas vezes quem precisa está ao nosso lado.
Bom Ano de 2007

Vamos às questões locais. Neste mesmo espaço fiz a pergunta: “A quem quer o Presidente da Câmara entregar os Serviços Municipalizados de Santarém?”

Coloquei a questão atendendo ao que se passava no processo Águas do Ribatejo. Sempre me pareceu óbvio que, ao contrário de algumas declarações públicas, o que Moita Flores pretendia era retirar Santarém daquele processo a todo o custo. Todos os episódios que vieram a público depois da escolha do parceiro privado apontavam para este resultado. Era uma espécie de “crónica de uma morte anunciada”.Independentemente dos prejuízos para o Concelho e para a Região. Passado mais de um ano confirmou-se o que afirmámos várias vezes. Na última reunião do executivo municipal aparece, sem estar agendado previamente, a proposta de criação de uma empresa de águas e saneamento só com Santarém!! Mas com um parceiro privado! Não vamos hoje aqui colocar os nossos argumentos. Teremos oportunidade para o fazer mais tarde. Na Câmara e aqui! De qualquer forma acabou por se “matar” o processo “Águas do Ribatejo”. Por maioria ( e em democracia tem que se respeitar, mesmo não concordando) com os votos contra do PS e os votos favoráveis do PSD e da CDU decidiu-se não aceitar o aumento do capital social proposto pela CULT para a constituição da Empresa. Na prática esta decisão significa a saída de Santarém das “Águas do Ribatejo” com prejuízos elevados para a Região e para o Concelho. Vamos tentar perceber quem beneficiará desta decisão. O Futuro o dirá!

Sabemos que era um processo inovador e único no país que foi posto em causa. Sabemos que o investimento era essencial para a resolução, no curto prazo, dos problemas de saneamento básico que o Concelho ainda tem. Sabemos que já passou mais um ano e não se fizeram os investimentos previstos (30 milhões de euros em 4 anos). Sabemos que a ser aprovada esta proposta de Moita Flores, pelo menos mais um ano se passará e continuar-se à a gastar meios financeiros noutras áreas, deixando o saneamento do concelho para trás! Se é verdade que há projectos que são quase irreversíveis (por exemplo o da Póvoa-Verdelho) em baixa, não podemos esquecer que o saneamento básico precisa de ETAR's e portando de financiamento para o sistema em alta e em baixa. Vamos ver o que irá acontecer ao Fundo de Coesão e ao Feder
Considera Moita Flores que o Cartaxo tem razão e que a razão do Município do Cartaxo lhe permite sair das Águas do Ribatejo sem qualquer ilegalidade, injustiça ou falsidade. Considera ainda que a Empresa está atrasada e que só em finais de 2008, princípios de 2009 estará constituída. Temos que perguntar quem atrasou a constituição da empresa? Competirá aos visados (Cartaxo e restantes municípios da CULT) contraditar ou não o que Moita Flores argumenta. No entanto, cabe-nos a nós dizer que não vale a pena escamotear outra realidade, seja qual for a nova empresa a constituir em que Santarém esteja presente e considerando o concurso público internacional dificilmente o processo estará concluído mais cedo. E já agora, se o Fundo Coesão é importante, não será certamente só para a Água. O do Saneamento não é importante e mais significativo para Santarém?
A nossa posição foi,é e será a de defesa intransigente dos interesses do Concelho. Não aceitamos lições de quem não tem sequer autoridade moral para as dar.

Rui Pedro Barreiro

12/21/2006

Apócrifas Proeminências

Chegou pejado de outras tentativas frustradas. Convidado pelo PSD, aceitou uma última diligência para se alcandorar ao poder que lhe faltava: o político. Ofereciam-lhe Santarém, terra que nunca antes se lhe tinha cruzado no caminho. O risco era óbvio, mas ínfimo. Na verdade, uma nova derrota seria facilmente justificada, num concelho que durante trinta anos tinha sido sempre fiel ao PS e onde o PSD tinha esgotado todo o seu filão de candidatos autárquicos. Ao natural desgaste de uma governação do Partido Socialista de 30 anos, juntou então o seu cabalístico protagonismo mediático – onde a comunicação social lhe passa uma misteriosa vassalagem – à estrutura local laranja.
Contra as suas próprias expectativas, ganhou o combate.
O Dr. Moita Flores era finalmente um vencedor no mundo da política. Era Presidente de uma Câmara Municipal. Hellas!
Perplexo com o resultado, logo tirou conclusões precipitadas. Imaginou que, afinal, os autóctones seriam gente de fracos recursos intelectuais, falhos de óbvia inteligência estratégica, débeis nas tão necessárias e custosas elucubrações geniais e, sobretudo, a necessitarem de um urgente banho de civilização e cultura de liberdade.
Quem mais do que o próprio e ilustre guionista, conhecedor como ninguém dos meandros artísticos lisboetas, eivado de convicções profundas sobre as suas inatas capacidades, iluminado pelas luzes como nenhum outro, para por em ordem estes escalabitanos pobres e néscios, vitimas de uns rapazitos do PS, desconhecedores da habilidosa inteligência que o convívio na capital lhe tinha cinzelado?
O PSD vergou-se-lhe, cativo de uma vitória que, com o tempo, percebeu que não era toda sua. Já a CDU, deslumbrada com as migalhas de poder que lhe tem calhado, reflecte uma felicidade que não consegue esconder. O ex-comunista parece conhecê-la como ninguém.
Tudo lhe parecia correr bem.
Toda a sociedade escalabitana lhe parecia domesticada.
Mas há um senão. Uma pedra irritante no seu sapato que o deixa fora de si. O Dr. Moita Flores tem afinal uma preocupação. Ou melhor, tem uma única preocupação: o PS de Santarém.
O Dr. Moita Flores está preocupado com o PS do concelho de Santarém: não o conseguiu domesticar. Ao contrário do que esperava, resultado dos céleres e judiciosos planos que imaginou, o PS não se vergou. Não lhe prestou vassalagem e, sobretudo, não lhe reconhece superioridade. Nenhuma mesmo.
O PS tem vindo, sistematicamente e desde o início do ano, a denunciar as manobras que o Dr. Moita Flores arquitecta, destinadas mais ao seu projecto de poder, que ao serviço das populações, mais à superficialidade, que à essências dos problemas, mais aos holofotes da comunicação social, que ao trabalho estrutural e silencioso. Tudo se traduz, numa incomensurável política “bola de sabão”, que rebenta e nada deixa, que ofusca e nada produz.
Desde o início de 2006 que o PS tem vindo a afirmar que o Dr. Moita Flores queria acabar com as Águas do Ribatejo. E ele assim o fez. Que queria formar uma empresa onde ele fosse o promotor. E ele assim o vai fazer. Mas o Dr. Moita Flores queria mais:
· impaciente, entrou em guerra aberta com o CNEMA, com o intuito final de construir um alibi para alijar a participação da autarquia naquela entidade;
· imperturbável, alegou que os sobreiros impediam a construção de um parque desportivo, mas ajuizou de seguida que as mesmas árvores permitiriam a instalação de indústrias;
· efusivo, deitou à rua milhares de euros numa campanha publicitária censurável, que se traduziu em dois atavios esteticamente lamentáveis – os pórticos da fealdade;
· benfazejo, continua a submergir o concelho com festas e artistas, meio natural onde se move, esperando que da dança se adormeçam os sentidos;
· desenvolto, desenvolveu uma mudança de chefias na autarquia, as quais seriam – naturalmente - indesculpáveis se realizadas pelo PS.

Mas o que o Dr. Moita Flores não sabe é que vai continuar preocupado. Preocupado porque o Partido Socialista vai continuar sereno. Sereno, mas firme. Fitando-o nos olhos, demonstrando que mais do que a espumas dos dias, o que fica é a perenidade do trabalho. Mais do que a linguagem indelicada, o que vinga é a nobreza das ideias. Mais do que o espectáculo mediático, o que sobra é a certeza das convicções.
O PS continuará na senda da sua tradição: firme e intrépido. Discordaremos com frontalidade, debateremos sem desfalecer, mas sempre, sempre com lealdade e em plena liberdade. A tal liberdade com que o Dr. Moita Flores enche a boca, que plasma em cartazes e que apregoa em mediévicas e estridentes campanhas.
A nós, Partido Socialista, basta-nos exercer essa liberdade, basta-nos vivê-la, basta-nos ser actores anónimos de um tempo onde ela já está, felizmente, desde há muito entranhada.
Mas o PS tem tempo. Tem o tempo necessário que lhe dá a certeza das suas convicções. Sim, porque não obstante o ruído, o tempo, esse mesmo tempo, é o grande mestre da vida.

Pimenta Braz

11/21/2006

“A nossa tarefa não é atribuir culpas pelo passado, mas definir o rumo do futuro” - John F. Kennedy

Na última reunião do executivo fui informado pelo vereador Ramiro Matos – o Presidente não esteve presente na reunião onde se aprovou a antecipação de 15 anos de receitas da EDP – que os projectos para a realização de obras de saneamento básico tinham sido devolvidos pela CULT porque não existia deliberação da Assembleia Municipal, e não porque o Presidente da Câmara os tivesse formalmente solicitado. Como tinha uma informação diferente insisti na clarificação desta questão. Foi taxativo: “A CULT é que as devolveu por não existir deliberação”.

Depois disso, na 5ª feira seguinte em plena Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara terá dito que “se não fosse ele ter solicitado os projectos no âmbito do processo Águas do Ribatejo nunca saberia que faltava a deliberação da Assembleia Municipal”. Ou seja alguém está a mentir!

Segundo os dados de que disponho, o que aconteceu foi que o Presidente da Câmara Municipal de Santarém ordenou - o termo foi mesmo este, não custava nada ter solicitado, quem exerce cargos que lhe conferem alguma autoridade deve ser educado! - que lhe fossem dirigidos todos os projectos, concursos e adjudicações que tivessem a ver com o saneamento básico. Isto sem deliberação do executivo municipal e sem qualquer informação prestada ao órgão máximo do poder executivo do Concelho. Negligência, ignorância, irresponsabilidade ou incapacidade?

Independentemente das mentiras, os factos são os seguintes:

Se a empresa Águas do Ribatejo ainda não está constituída, tal deve-se às posições públicas assumidas pelo actual Presidente de Câmara, que tudo tem feito para que a empresa não se constitua. Isto com graves prejuízos para o Concelho de Santarém e para a Região. Resta saber quem é que fica a ganhar! A quem quer o Presidente da Câmara Municipal entregar os Serviços Municipalizados de Santarém e o saneamento de Santarém?

O processo de constituição da empresa Águas do Ribatejo está atrasado. A CULT avançou e bem, adiantando-se enquanto decorria o processo de constituição da empresa intermunicipal (51% do capital é detido pelas Câmaras Municipais) para conseguir mobilizar os meios financeiros ao seu dispor e para permitir que os procedimentos burocráticos não impedissem o cumprimento dos cronogramas de investimento.

Em Santarém estava previsto realizarem-se entre 2006 e 2009 investimentos no valor de 30 milhões de euros (6 milhões de contos). Um ano já se foi! Ora, se a empresa já estivesse constituída nem a recente deliberação da Assembleia Municipal seria necessária. No entanto, sendo a mesma necessária para a CULT prosseguir com os investimentos, substituindo-se à empresa Águas do Ribatejo e sendo este processo de investimento o mais importante que o Concelho terá neste mandato não seria primordial conhecer-se o processo a fundo logo que se tomou posse? Das duas uma: ou não se quis saber, ou soube-se e nada se quis fazer!

Manipular a população atirando culpas para o passado (repare-se que a deliberação do executivo anterior é de Março de 2005 e a da Assembleia Municipal é de Novembro de 2006 – 20 meses), quando já passaram mais de 12 meses deste mandato é no mínimo cobardia política.

Outros projectos de desenvolvimento do Concelho têm sido atrasados, mas esta é uma questão importante demais para marcar passo e atrasar o desenvolvimento do Concelho!
Graças às medidas tomadas no mandato anterior e ao trabalho da CULT é possível ter hoje os projectos de saneamento de Almoster, Póvoa de Santarém/Verdelho, Alcanede, Alqueidão do Rei e Abrã, entre outros
Não tenho problemas pessoais e políticos pelo facto de outros que ainda nada fizeram pelo Concelho de Santarém receberem louros pelos projectos e obras do passado. O ciclo de vida é assim mesmo e nesta roda em que nos encontramos nem sempre ganham os melhores e perdem os piores. Só gostaria que o Concelho ganhasse!

Há quem seja mestre a manipular a comunicação social. Há até quem dê aulas sobre estas matérias. A este propósito e para reflexão aqui ficam as palavras de Boaventura Sousa Santos “Acresce que as possibilidades de manipulação dos media nunca foram tão grandes como contrapartida do imenso mercado mediático em que a política se transformou. Nestas circunstâncias tornou-se mais fácil e mais necessário mentir sempre que a manutenção do poder está em causa. E pelas mesmas razões, tornou-se cada vez mais difícil encontrar jornalistas e órgãos de comunicação social dispostos a fazer investigação séria que contrarie com fundamento as versões oficiais”

Por ultimo, apenas a demonstração pública da satisfação que tive pelo congresso do PS se ter realizado em Santarém. E no CNEMA!


Rui Pedro de Sousa Barreiro

11/15/2006

“PENSAR AS PESSOAS”

Contrariando os bons e velhos hábitos ribatejanos de lutar renhidamente mas respeitar sempre o adversário, enraizou-se, muito recentemente, uma vertente completamente inovadora na forma de fazer política em Santarém. É a que foi trazida pela violência verbal utilizada, por tudo e por nada, pelo Sr. Presidente da Câmara.

Mal-educado em actos oficiais, arrogante nas sessões de Câmara, insolente e desnecessariamente agressivo na Assembleia Municipal, o Sr. Presidente evidencia uma forma de estar própria de quem pensa que é um sobredotado caído em Santarém para salvar e esclarecer os pobres dos provincianos.

O Sr. Presidente actua deliberadamente desta forma para criar e agravar tensões, não pretendendo mais do que, com estas e no meio da sua gritaria, escamotear a falta de resolução dos dossiers e a incapacidade política do PSD local para resolver os problemas que afectam o concelho.

O Dr. Moita Flores é inquestionavelmente um bom orador. Homem batido em fóruns da mais diversa natureza, é também um político de língua afiada.

Pena é que utilize esses seus trunfos com poucos escrúpulos e pouco respeito pelas pessoas.

O Sr. Presidente gosta de amesquinhar os seus adversários políticos, gosta de os ferir na sua dignidade e escarafunchar nas feridas por si abertas, sobretudo quando se apercebe que estes não têm o traquejo da resposta fácil nem o à vontade no uso da palavra próprio de quem, por exemplo, é professor há muitos anos.

É uma cobardia agir desta maneira.

Quem assim actua não pode, no retorno, esperar grandes contemplações face aos seus erros, nem atenções face às coisas boas que do outro lado possam ocorrer.

Vem isto a propósito de um texto assinado pelo Sr. Presidente no jornal Correio da Manhã de 13 de Novembro intitulado “PENSAR AS PESSOAS”.

É visível que do alto da sua vaidade, ficou o Sr. Presidente profundamente incomodado pelo facto de o PS ter posto em apenas 3 dias, mais vezes o nome de Santarém nos três canais de televisão e em todos os jornais nacionais, do que ele Moita Flores não conseguiu fazer em 13 meses do mandato autárquico mais propagandístico da história de Santarém.


O incómodo é tanto que não se consegue esconder. E assim transborda uma mágoa feita de raiva que proporciona bocados de prosa dignos de realce:

“O Congresso do PS terminou. Ocorreu em Santarém e correspondeu às expectativas que o próprio partido gerou sobre ele. Sócrates quis impor ali a sua autoridade e conseguiu-o com votações acima dos 90%. Só os partidos comunistas conseguem esta quase unanimidade e são reflexo de uma maioria absoluta que dá pouco espaço de manobra a críticos e a dissidências.”


Mais à frente e completamente a despropósito de um texto altamente elogioso para Fonseca Ferreira (é sempre bom estar de bem com quem nos pode valer), aparece este lamento:

— “As estruturas locais do PS presos a velhos ressabiamentos e fazendo jus à arrogância que os caracteriza, não convidaram o Presidente da Câmara para o encerramento dos trabalhos”.

Apetece perguntar, após esclarecer que os convites para a sessão de encerramento foram desde sempre da responsabilidade da COC, porque motivo haveria o PS, local ou nacional, convidar para a sua casa quem, todos os dias e com tanto empenho e manifesta má-fé, se compraz em maldizer dos seus projectos e obras, dos seus ideários políticos e da honra dos seus militantes?

O PS convidou oficialmente o PSD para a sessão de encerramento do Congresso, cumprindo assim a boa tradição da democracia portuguesa. Ao PSD competiu escolher os seus representantes. Provavelmente, para o efeito, escolheu os melhores.

Santarém, 13 de Novembro de 2006

por Luís Fonseca

11/08/2006

O CNEMA e a Câmara de Santarém

Está já claro para todos que o actual executivo do PSD, liderado pelo Dr. Moita Flores, privilegia o conflito ao diálogo, prefere a propaganda e o mediatismo ao bom senso e à resolução dos problemas.

Para além das permanentes provocações aos Vereadores do PS e aos socialistas e da conflituosa relação com a Direcção da CULT, é agora a vez do CNEMA e dos seus responsáveis.

O que leva o PSD a assumir tal desconsideração pelo CNEMA?

Será estratégia do PSD lançar a confusão, desacreditar o CNEMA, armar-se em vítima e provocar a saída da Câmara do CNEMA?

Será que o desejado pavilhão multiusos que o executivo do PSD fala nos jornais faz já parte dessa estratégia?

O PS opor-se-á firmemente a essa intenção do PSD. Pelo contrário, entendemos que a haver alteração da participação da Câmara no CNEMA será no sentido do seu reforço.

O que não se percebe é esta total inflexão de pensamento do PSD relativamente ao CNEMA, já que, no anterior mandato, os eleitos do PSD contribuiram para o voto unânime que resultou no aumento da participação da Câmara Municipal no capital social CNEMA.

Para o PS o objectivo é juntar sinergias, reforçando e criando parcerias entre o CNEMA e a Câmara, que conduzam a uma maior aproximação entre o CNEMA e a Cidade. Tal estratégia, associada à localização privilegiada de Santarém, potenciará o CNEMA como espaço de excelência para a realização de eventos, trazendo mais gente a Santarém.

11/06/2006

NOTA DE IMPRENSA

Junta de Freguesia de Alcanhões- um ano de mandato

No dia 4 de Novembro, reuniram-se em Alcanhões, num almoço de trabalho e de apoio, os representantes do PS na Junta de Freguesia de Alcanhões, os vereadores do PS na Câmara Municipal de Santarém e ainda os ilustres Engº Nelson Baltazar, deputado na Assembleia da República pelo distrito de Santarém, o Presidente da Federação Distrital, António Rodrigues, e cerca de 50 cidadãos de Alcanhões.

O Presidente da Junta de Freguesia informou e sensibilizou os presentes para três eixos estruturantes:

1 - ACESSIBILIDADES
- Passagens desniveladas do caminho-de-ferro / acessibilidades a Santarém
- Classificação da Estrada Nacional nº 365
- Variante à Estrada da Portela
- Saída a norte do concelho pela A1

2 – REQUALIFICAÇÃO DA VILA DE ALCANHÕES
- Requalificação do parque escolar (arranjo de telhado da escola do 1º ciclo e exteriores, garantia de segurança dos espaços de recreio infantil)
- Promoção dos produtos da região (vinho, panificação)
- Construção de instalações sanitárias junto ao cemitério
- Arranjos de passeios e arruamentos diversos

3 – JUNTA DE FREGUESIA
- Remodelação do edifício da Junta de Freguesia
- Reorganização do funcionamento interno
- Pagamento faseado das dívidas anteriores a este executivo


O Presidente da Federação Distrital do PS reforçou o empenho e trabalho dos autarcas que estabelecem o contacto directo com as populações para a resolução dos problemas do dia-a-dia. Seguiu-se uma visita guiada junto às duas passagens de nível que atravessam e bloqueiam a vila de Alcanhões e que causam, não só constrangimentos quotidianos a quem tem de se deslocar por este percurso até ao planalto de Santarém, como tem sido um local de acidentes, muitos deles mortais. Nas palavras do Deputado Distrital Socialista, Engº Nelson Baltazar, as passagens de nível, tal como existem, constituem um foco de estrangulamento ao desenvolvimento da vila de Alcanhões e uma ameaça fatal para muitos dos utilizadores deste troço viário. Sensibilizado pelo assunto, ficou a promessa de um forte empenhamento na resolução das passagens desniveladas em Alcanhões. Na visita à escola do 1º ciclo constatou-se a degradação do telhado e da zona de recreio agravada pelo recente derrube, pela Câmara Municipal de Santarém, do pavilhão exterior e cujos trabalhos ainda não foram concluídos, constituindo um perigo eminente para a segurança de muitos alunos que frequentam aquele espaço.

Santarém, 4 de Novembro de 2006

Gabinete de Imprensa da Comissão Politica do Partido Socialista

11/05/2006

Festa Socialista em Alcanhões


No passado sábado, dia 4/11/06, os socialistas da Vila e Freguesia de Alcanhões assinalaram com um convívio o primeiro ano de mandato autárquico.

Para além da presença dos autarcas de Alcanhões, liderados pelo Presidente da Junta de Freguesia, associaram-se também à festa o Deputado do PS, Nelson Baltazar, o Presidente da Comissão Política Distrital, António Rodrigues, e os Vereadores do PS na Câmara Municipal de Santarém, Rui Barreiro, Manuel Afonso e Henriqueta Carolo.

Apesar da chuva, não podia deixar de haver uma visita às passagens de nível, problema por resolver há décadas e que diariamente se atravessa no caminho dos habitantes de Alcanhões.

Um barreira no caminho rodoviário diário, mas também uma barreira ao desenvolvimento da Vila de Alcanhões que urge derrubar.

Sendo por todos reconhecido como o principal problema de Alcanhões, e também de Vale de Figueira ou Ribeira de Santarém, a sua resolução eterniza-se.

Devido aos avanços e recuos, quanto à construção das passagens superiores, o anterior executivo socilaista decidiu avançar com os passos necessários no sentido da construção da variante à EN365, com um financiamento assegurado por parte da REFER de 50%.


Nesse sentido, o Executivo Socialista no anterior mandato deu início ao processo de expropiações. Apesar dos insistentes apelos do Presidente da Junta de freguesia de Alcanhões, Luis Justino, o executivo do PSD faz orelhas moucas e ignora o problema, preferindo gastar milhões em propaganda, festas e imagem.

Mais fotos da festa




O Presidente da Federação Distrital António Rodrigues no uso da palavra.















O Deputado Nelson Baltazar expondo as suas ideias aos presentes.















O Vereador Rui Barreiro dirigindo-se aos presentes.

10/31/2006

Conferência de Imprensa da Comissão Politica Concelhia

BALANÇO DE UM ANO DE MANDATO


A Comissão Politica Concelhia congratula-se com a realização em Santarém do XV Congresso Nacional do Partido Socialista nos próximos dias 10, 11 e 12 de Novembro. Trata-se de um evento que dignifica Santarém e que vem dar a conhecer ao País uma outra vertente das potencialidades do CNEMA.


1. Passados mais de doze meses desde a tomada de posse do actual executivo da Câmara Municipal de Santarém, a Comissão Política Concelhia de Santarém do Partido Socialista (CPC/STR) entende ser o momento de fazer um balanço de um ano de mandato e realçar o que de bom e de menos bom ocorreu neste período de tempo.

2. A Comissão Política Concelhia congratula-se pelo trabalho, espírito de colaboração e postura dos eleitos do Partido Socialista na Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Juntas e Assembleias de Freguesia.
Uma palavra especial de apreço para todos Presidentes de Junta de Freguesia do Concelho, pela dedicação e empenho que têm colocado na defesa dos interesses das populações.

3. Do lado positivo não podemos deixar de referir a acção desenvolvida em torno da problemática do Rio Alviela, promovendo-se a inevitabilidade de despoluir o rio e de requalificar as suas margens. É um tema que tem de ser mantido na ordem do dia, pelo que o Partido Socialista reafirma a sua total disponibilidade para colaborar na procura de soluções que conduzam à despoluição do Rio Alviela.

Nesse sentido entendemos ser de retomar uma proposta que já no anterior mandato defendemos junto da Administração Central: a criação de um Programa financiado por fundos comunitários (tipo Valtejo) destinado à requalificação da bacia do Alviela, recuperando a ETAR de Alcanena, despoluindo o Rio e requalificando as suas margens dotando-as de novas valências lúdicas e desportivas nas freguesias ribeirinhas, nomeadamente nas freguesias de Vaqueiros, Pernes, S. Vicente do Paul e Vale de Figueira.

Positivas foram igualmente as conclusões das obras iniciadas no mandato anterior, como sejam: o Jardim do Vale de Santarém, o Largo do Rossio de Pernes, os Espaços Verdes em S. Domingos e na Rua Adelaide Félix nas freguesias de S. Nicolau e Marvila, bem como a Estrada Real e o Pavilhão Desportivo da Escola Mem-Ramires.

4. Pela negativa, e sem querermos ser exaustivos, consideramos de particular relevo o seguinte:
- Uma postura de arrogância e de conflituosidade e uma forma de fazer política assente em propaganda e imagem;
- A suspensão ou abandono de obras importantes para o Concelho;
- Opções politicas erradas em tempos de dificuldades financeiras.
Quanto ao primeiro ponto são por demais conhecidos os conflitos com a Direcção da CULT e com o CNEMA, para não falar nas frequentes insinuações e tentativas de desacreditar na praça pública os Vereadores do Partido Socialista.

As consequências deste tipo de postura do executivo do Dr. Moita Flores e do PSD estão ainda por apurar, em particular no que diz respeito à CULT e ao processo Águas do Ribatejo. A seu tempo, e em defesa dos interesses de Santarém, o Partido Socialista pedirá responsabilidades a quem de direito.

No que diz respeito à propaganda e imagem reconhecemos a capacidade do executivo do PSD para colocar Santarém nas páginas dos jornais. Pena é que na maioria das vezes as notícias surgem da criação e invenção de factos políticos que nada abonam em benefício de Santarém. De facto, o que o PSD tem pretendido é, com total demagogia, apresentar uma postura de falso moralismo, com o objectivo claro de menosprezar o trabalho desenvolvido pelos anteriores executivos socialistas.

Um exemplo desta forma de actuação política é a polémica em torno da estátua de Salgueiro Maia, tendo ficado claro que o objectivo foi tirar dividendos políticos. Criticou-se o facto de a estátua estar no armazém da Câmara, para depois se colocar a estátua no estaleiro de obras durante semanas. E para cúmulo da propaganda inaugurou-se um espaço longe de estar acabado.

O outro exemplo é o caso das ossadas do cemitério, onde ao invés de resolver se mediatizou o problema, como forma de desviar a atenção do facto de estarem já passados vários meses de responsabilidade do PSD na matéria. Fez-se inclusive participação ao Ministério Público, e é o próprio Ministério Público que ao arquivar o processo vem dizer que no meio de tantas pretensas ossadas, afinal não se provou que houvesse um único osso.

Relativamente à suspensão ou abandono de obras importantes para o Concelho:
- Não percebemos como é possível que o Jardim-de-infância da Romeira, que se previa entrar em funcionamento no Natal passado, continue ainda por concluir;

- Continuamos sem saber o que se pretende com a paragem há já quase um ano do Parque Desportivo Ladislau Teles Botas. Quanto vai custar ao Município esta paragem da obra? Entende o PSD que os campos de relva sintética que estavam em construção não são necessários? Entende mal quanto a nós. O PSD quer reformular o projecto mas, um ano depois, nem uma simples descrição do que se pretende foi apresentada ao Executivo Municipal.

- Doze meses passados e o Campo da Feira continua na mesma. Não se avançou com o concurso público para a primeira fase, aprovado ainda no anterior mandato e desperdiçou-se a oportunidade de termos um Festival de Gastronomia com melhores acessibilidades.
Com a desculpa de que não existe financiamento, a requalificação do Campo da Feira foi abandonada. Para o Partido Socialista a requalificação do Campo da Feira é uma prioridade, devendo ser canalizados esforços na procura dos necessários financiamentos.

- Relativamente ao Plano Director Municipal o PSD diz que nada estava feito mas depois faz-se uma apresentação pública com o trabalho efectuado no anterior mandato. Fazem-se promessas de que os novos perímetros urbanos estão concluídos e o que se constata é que, um ano passado, e tudo está na mesma.

As dificuldades financeiras da autarquia exigem contenção de despesas, devendo apostar-se numa gestão que privilegie os interesses básicos das populações. Não é isso que o executivo do PSD tem feito, antes tem privilegiado a imagem, a propaganda e as festas.

O actual executivo faz o discurso do miserabilismo mas gasta milhões de euros em palcos, em luz, em som, em publicidade, em propaganda, em imagem e em artistas, pagos na hora ou mesmo antes da Festa começar.

Ao mesmo tempo, no ano lectivo passado, recusou-se a gastar pouco mais de 25 mil euros no apoio em transportes dos alunos do 2º e 3º ciclo para as piscinas, retirando-lhes a possibilidade de terem aulas de natação.

Prometeu o PSD a climatização de todas as escolas, estamos de novo com o Inverno à porta e nada se sabe do assunto. Não teria sido de maior interesse para as populações, que uma parte do dinheiro gasto em festas e propaganda o tivesse sido na climatização e melhorias das escolas do Concelho?

5. Bem sabemos que o PSD tem uma sábia desculpa para tudo o que de negativo possamos apontar. Para além da situação financeira da Câmara, que abordaremos a seguir, a culpa ou é do anterior executivo socialista, do governo socialista ou dos trabalhadores da Câmara. Atente-se na justificação dada a propósito da deficiente limpeza da Cidade: segundo o PSD a culpa é dos munícipes e principalmente dos trabalhadores dos SHL, querendo fazer esquecer que a razão se deve à sua própria incapacidade.

6. Desde o início do presente mandato que os Vereadores do Partido Socialista se têm disponibilizado para os necessários esclarecimentos sobre todos os dossiers e processos que transitaram do anterior mandato. Tem o PSD a maioria das vezes preferido colocar as dúvidas nas páginas dos jornais, sempre pinceladas de insinuações. Faz parte de uma estratégia de propaganda que os Munícipes de Santarém a seu tempo julgarão.

7. O Partido Socialista e os seus eleitos têm mantido um espírito de colaboração e uma postura dignas de um Partido que desenvolveu Santarém durante 30 anos. O que nos move é a defesa dos interesses de Santarém.

8. A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista congratula-se com a forma ponderada e responsável como os vereadores eleitos nas suas listas para a Câmara Municipal de Santarém têm pautado a sua actuação. A postura de colaboração que tem sido mantida durante estes doze meses contrasta claramente com uma postura de obstáculo sistemático que foi apanágio do PSD no anterior mandato.

Ao contrário do PSD que no anterior mandato votou contra todos os orçamentos e contra mais de 95% das alterações orçamentais, o PS viabilizou o orçamento e todas as alterações orçamentais.

Mesmo no que diz respeito às Empresas Municipais que, de forma errada, o PSD tenta dizer que a oposição inviabilizou, manifestamos a nossa disponibilidade para as avaliar de forma ponderada no sentido de encontrar consensos. Infelizmente não voltamos a ter oportunidade de discutir o assunto, por clara inércia do PSD.
Veja-se o exemplo da SRU, para a qual foi criado um grupo de trabalho, que reuniu uma vez em 6 meses, aguardando os representantes do PS e da CDU elementos a fornecer pelo executivo.

Sobre novos estudos e projectos, lamentamos não nos termos ainda pronunciado, já que ainda nenhum foi presente ao executivo.

9. Não podiamos terminar sem abordar a situação financeira da Câmara. É uma questão que obviamente preocupa o PS e os seus eleitos mas, sendo uma questão demasiado séria para o concelho, a sua abordagem deve ser feita com rigor e com cautela, pois é essa a melhor forma de defender os interesses do Município.

Tem o Partido Socialista mantido uma postura de colaboração, apresentando propostas e viabilizando instrumentos capazes de ultrapassar as dificuldades financeiras da Autarquia. É por esse caminho que queremos ir, assim o PSD o queira também.

10. Para concluir a Comissão Politica Concelhia não pode deixar de lamentar que durante estes primeiros doze meses de gestão PSD, tenha sido assumido por parte do Sr. Presidente da Câmara uma permanente e sistemática tentativa de desacreditar, às vezes mesmo achincalhar, os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e os socialistas.

É frequente o recurso à insinuação e ameaça, quer seja em reuniões públicas ou em declarações à imprensa. Trata-se de um tipo de linguagem e estilo de fazer política que repudiamos e que só podemos entender como forma de esconder as fragilidades na gestão política da Autarquia.

Os Vereadores do Partido Socialista têm clara consciência do trabalho desenvolvido no anterior mandato. Um trabalho feito com empenho, dedicação e entrega à causa pública, do qual não têm que se envergonhar, razão pela qual assumiram com igual dedicação os seus lugares no actual executivo.

O nosso único propósito é a defesa dos interesses do Concelho, seja nas Juntas e Assembleias de Freguesia, na Assembleia Municipal ou no executivo.

Os Vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal de Santarém emitirão as suas opiniões, darão os seus contributos e continuarão a actuar, como têm feito até aqui, em total respeito pelas regras democráticas – ou não fosse Santarém a Capital da Liberdade após a colocação de dois caros pórticos em duas das suas entradas.

Os Vereadores do Partido Socialista não se deixarão atemorizar com insinuações e não cederão a ameaças, sejam elas de que tipo for.

Quem não deve não teme!

11. A Comissão Politica Concelhia do Partido Socialista espera e esperam todos os socialistas e Munícipes do nosso Concelho que o actual executivo mude de rumo, para que a melhoria das condições de vida em Santarém possa continuar a ser uma realidade tal como foi nos últimos 30 anos. O compromisso do PS é e será sempre com as populações do Concelho de Santarém.

30 De Outubro de 2006

A Comissão Politica Concelhia do Partido Socialista

"Só as palavras são, de certeza, boas” - W. B. Yeats “The Song of the Happy Shepherd”

Como em tudo na vida, temos bons e menos bons profissionais nas diferentes áreas. Infelizmente, também conhecemos o chamado “princípio de Peter à portuguesa”, isto é, se é incompetente, então promove-se . Esta situação acaba por provocar algum desânimo, muita desmotivação e provavelmente uma menor produtividade. Há certamente muitas razões para justificar o excelente desempenho de muitos portugueses além fronteiras e a menor “performance” de alguns portugueses que cá vivem e trabalham. Não vou entrar nessa discussão,até porque temos muitos e bons exemplos de excelência em Portugal.O que pretendo dizer é que é possível melhorar se também as nossas elites, os nossos dirigente, os nossos governantes melhorarem. Não podemos é ficar à espera que só os outros melhorem. Também nós, independentemente do grau de responsabilidade na sociedade, temos que procurar melhorar o nosso desempenho enquanto profissionais e enquanto cidadãos.


Foi recentemente notícia o assassínio de uma conceituada jornalista russa.
É uma situação inaceitável sob todos os pontos de vista. Não há democracia que sobreviva se os direitos elementares não forem respeitados.Uma jornalista respeitada pelos seus companheiros de profissão e admirada pelos seus leitores acaba por ser uma consciência crítica da sociedade onde está inserida.As graves suspeições sobre o envolvimento de alguns sectores neste crime devem deixar-nos preocupados!
Independentemente das melhores ou piores relações dos diferentes poderes com o jornalismo (onde como sabemos também é preciso separar o trigo do joio e onde também os poderes económicos e outros por vezes criam graves conflitos de interesse), não podemos esquecer que uma opinião pública esclarecida e crítica é fundamental para uma democracia verdadeiramente alicerçada e para criar cidadãos de corpo inteiro. O meu lamento e a minha solidariedade para a família e para a classe dos jornalistas.
O futebol português deu-nos mais uma alegria. Os nossos jovens conquistaram a possibilidade de brilharem no próximo europeu. Enquanto fã e sócio do Sporting fiquei muito satisfeito com a exibição da nossa selecção e dos jogadores do Sporting. Apesar desta alegria futebolística, não podemos esquecer os problemas do país e da nossa terra. Infelizmente, o PSD local não votou,no anterior mandato, favoravelmente a construção de dois campos sintéticos no futuro complexo desportivo Ladislau Botas e, neste mandato, suspendeu o projecto já adjudicado. Ainda estamos a tempo de recuperar duas infraestruturas fundamentais para a cidade que tinham financiamento comunitário. Aguardemos!
Não vou hoje retomar as hipóteses de reflexão que deixei ficar na última crónica. Há uma razão para isso. Passado um ano do novo executivo camarário estar em funções,temos de fazer um rápido balanço e infelizmente para o concelho de Santarém, não verificamos qualquer melhoria.
Temos constatado que há uma grande mestria na propaganda e na utilização da demagogia. Tem sido notável a capacidade de usar alguma comunicação social para fazer passar imagens completamente distorcidas da realidade. Basta lembrar, só a título de exemplo, as telenovelas totalmente ficcionadas a propósito da estátua de Salgueiro Maia ou das virtuais ossadas no cemitério. Agora, como nada se faz para além de muitas festas, apresentam-se “projectos novos” que nem são novos nem são projectos.
O problema não está nas inúmeras festas com artistas que fizeram a campanha eleitoral do PSD “gratuitamente”. O problema está no facto destes gastos serem feitos à custa de cortes nos investimentos necessários, na educação, nomeadamente nos transportes escolares ou nos transportes das nossas crianças para as piscinas municipais.
A incapacidade do actual executivo que “gere” a CMS em fazer avançar projectos concretos de desenvolvimento do concelho e que estavam em marcha, como o complexo turístico do Gualdim ou o Retail Park no CNEMA, são apenas dois dos muitos exemplos que, a juntar ao adiamento altamente gravoso da Empresa Águas do Ribatejo, demonstram que o concelho está a ser muito prejudicado. O actual governo tem servido de desculpa ao PSD para esconder a incapacidade até agora demonstrada. Tudo o que não se faz é culpa do anterior executivo ou do actual governo
Têm sido substituidos vários dirigentes da CMS com elevados custos financeiros e organizacionais. Até já foram substituidos alguns que tinham substituido outros! Ainda estamos no início do mandato e oxalá,para bem do Concelho, não seja possível fazer pior!
Por último, aqui ficam algumas recomendações de leitura:A Democracia, de Anthony Arblaster
Democracia e Participação, de Boaventura Sousa Santos
Ordem e Caos no Século XXI, de Robert Cooper

Rui Pedro Barreiro