MAIS PS, ACREDITAR NO FUTURO!

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12/26/2006

Às voltas com as águas

Estamos na época natalícia; aqui ficam algumas palavras para reflexão retiradas da “Análise da Inteligência de Cristo” de Augusto Jorge Cury:

“O Mundo pára para comemorar o seu nascimento no final de Dezembro, mas a maioria das pessoas não tem consciência de como Ele foi uma pessoa magnífica e surpreendente. Depois de Ele ter passado por esta sinuosa e turbulenta existência, a humanidade nunca mais foi a mesma. Se o mundo político, social e educacional tivesse vivido minimamente o que Cristo viveu e ensinou, as nossas misérias teriam sido extirpadas, teríamos sido uma espécie mais feliz...”

Que o Natal lhe tenha trazido tudo o que desejou. A solidariedade deve continuar no resto do ano e muitas vezes quem precisa está ao nosso lado.
Bom Ano de 2007

Vamos às questões locais. Neste mesmo espaço fiz a pergunta: “A quem quer o Presidente da Câmara entregar os Serviços Municipalizados de Santarém?”

Coloquei a questão atendendo ao que se passava no processo Águas do Ribatejo. Sempre me pareceu óbvio que, ao contrário de algumas declarações públicas, o que Moita Flores pretendia era retirar Santarém daquele processo a todo o custo. Todos os episódios que vieram a público depois da escolha do parceiro privado apontavam para este resultado. Era uma espécie de “crónica de uma morte anunciada”.Independentemente dos prejuízos para o Concelho e para a Região. Passado mais de um ano confirmou-se o que afirmámos várias vezes. Na última reunião do executivo municipal aparece, sem estar agendado previamente, a proposta de criação de uma empresa de águas e saneamento só com Santarém!! Mas com um parceiro privado! Não vamos hoje aqui colocar os nossos argumentos. Teremos oportunidade para o fazer mais tarde. Na Câmara e aqui! De qualquer forma acabou por se “matar” o processo “Águas do Ribatejo”. Por maioria ( e em democracia tem que se respeitar, mesmo não concordando) com os votos contra do PS e os votos favoráveis do PSD e da CDU decidiu-se não aceitar o aumento do capital social proposto pela CULT para a constituição da Empresa. Na prática esta decisão significa a saída de Santarém das “Águas do Ribatejo” com prejuízos elevados para a Região e para o Concelho. Vamos tentar perceber quem beneficiará desta decisão. O Futuro o dirá!

Sabemos que era um processo inovador e único no país que foi posto em causa. Sabemos que o investimento era essencial para a resolução, no curto prazo, dos problemas de saneamento básico que o Concelho ainda tem. Sabemos que já passou mais um ano e não se fizeram os investimentos previstos (30 milhões de euros em 4 anos). Sabemos que a ser aprovada esta proposta de Moita Flores, pelo menos mais um ano se passará e continuar-se à a gastar meios financeiros noutras áreas, deixando o saneamento do concelho para trás! Se é verdade que há projectos que são quase irreversíveis (por exemplo o da Póvoa-Verdelho) em baixa, não podemos esquecer que o saneamento básico precisa de ETAR's e portando de financiamento para o sistema em alta e em baixa. Vamos ver o que irá acontecer ao Fundo de Coesão e ao Feder
Considera Moita Flores que o Cartaxo tem razão e que a razão do Município do Cartaxo lhe permite sair das Águas do Ribatejo sem qualquer ilegalidade, injustiça ou falsidade. Considera ainda que a Empresa está atrasada e que só em finais de 2008, princípios de 2009 estará constituída. Temos que perguntar quem atrasou a constituição da empresa? Competirá aos visados (Cartaxo e restantes municípios da CULT) contraditar ou não o que Moita Flores argumenta. No entanto, cabe-nos a nós dizer que não vale a pena escamotear outra realidade, seja qual for a nova empresa a constituir em que Santarém esteja presente e considerando o concurso público internacional dificilmente o processo estará concluído mais cedo. E já agora, se o Fundo Coesão é importante, não será certamente só para a Água. O do Saneamento não é importante e mais significativo para Santarém?
A nossa posição foi,é e será a de defesa intransigente dos interesses do Concelho. Não aceitamos lições de quem não tem sequer autoridade moral para as dar.

Rui Pedro Barreiro

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