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11/15/2006

“PENSAR AS PESSOAS”

Contrariando os bons e velhos hábitos ribatejanos de lutar renhidamente mas respeitar sempre o adversário, enraizou-se, muito recentemente, uma vertente completamente inovadora na forma de fazer política em Santarém. É a que foi trazida pela violência verbal utilizada, por tudo e por nada, pelo Sr. Presidente da Câmara.

Mal-educado em actos oficiais, arrogante nas sessões de Câmara, insolente e desnecessariamente agressivo na Assembleia Municipal, o Sr. Presidente evidencia uma forma de estar própria de quem pensa que é um sobredotado caído em Santarém para salvar e esclarecer os pobres dos provincianos.

O Sr. Presidente actua deliberadamente desta forma para criar e agravar tensões, não pretendendo mais do que, com estas e no meio da sua gritaria, escamotear a falta de resolução dos dossiers e a incapacidade política do PSD local para resolver os problemas que afectam o concelho.

O Dr. Moita Flores é inquestionavelmente um bom orador. Homem batido em fóruns da mais diversa natureza, é também um político de língua afiada.

Pena é que utilize esses seus trunfos com poucos escrúpulos e pouco respeito pelas pessoas.

O Sr. Presidente gosta de amesquinhar os seus adversários políticos, gosta de os ferir na sua dignidade e escarafunchar nas feridas por si abertas, sobretudo quando se apercebe que estes não têm o traquejo da resposta fácil nem o à vontade no uso da palavra próprio de quem, por exemplo, é professor há muitos anos.

É uma cobardia agir desta maneira.

Quem assim actua não pode, no retorno, esperar grandes contemplações face aos seus erros, nem atenções face às coisas boas que do outro lado possam ocorrer.

Vem isto a propósito de um texto assinado pelo Sr. Presidente no jornal Correio da Manhã de 13 de Novembro intitulado “PENSAR AS PESSOAS”.

É visível que do alto da sua vaidade, ficou o Sr. Presidente profundamente incomodado pelo facto de o PS ter posto em apenas 3 dias, mais vezes o nome de Santarém nos três canais de televisão e em todos os jornais nacionais, do que ele Moita Flores não conseguiu fazer em 13 meses do mandato autárquico mais propagandístico da história de Santarém.


O incómodo é tanto que não se consegue esconder. E assim transborda uma mágoa feita de raiva que proporciona bocados de prosa dignos de realce:

“O Congresso do PS terminou. Ocorreu em Santarém e correspondeu às expectativas que o próprio partido gerou sobre ele. Sócrates quis impor ali a sua autoridade e conseguiu-o com votações acima dos 90%. Só os partidos comunistas conseguem esta quase unanimidade e são reflexo de uma maioria absoluta que dá pouco espaço de manobra a críticos e a dissidências.”


Mais à frente e completamente a despropósito de um texto altamente elogioso para Fonseca Ferreira (é sempre bom estar de bem com quem nos pode valer), aparece este lamento:

— “As estruturas locais do PS presos a velhos ressabiamentos e fazendo jus à arrogância que os caracteriza, não convidaram o Presidente da Câmara para o encerramento dos trabalhos”.

Apetece perguntar, após esclarecer que os convites para a sessão de encerramento foram desde sempre da responsabilidade da COC, porque motivo haveria o PS, local ou nacional, convidar para a sua casa quem, todos os dias e com tanto empenho e manifesta má-fé, se compraz em maldizer dos seus projectos e obras, dos seus ideários políticos e da honra dos seus militantes?

O PS convidou oficialmente o PSD para a sessão de encerramento do Congresso, cumprindo assim a boa tradição da democracia portuguesa. Ao PSD competiu escolher os seus representantes. Provavelmente, para o efeito, escolheu os melhores.

Santarém, 13 de Novembro de 2006

por Luís Fonseca

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