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4/20/2010

O Protocolo, as Dívidas e os Princípios Morais

Na edição desta semana de um semanário da região, surge a informação de que a Câmara Municipal de Santarém (CMS) irá pagar uma avença mensal de 900€ a um técnico “para assegurar funções de protocolo e de bom atendimento na autarquia”. Até aqui nada de especial, a não ser que se tenha em atenção alguns destes factores: Juntas de Freguesia, Fornecedores e Situação Orçamental Camarária.


Comecemos então pelas Juntas de Freguesia. O executivo do PSD que lidera a CMS ainda só pagou metade dos duodécimos relativos ao mês de Dezembro, o que equivale a um atraso de cerca de 4 meses na liquidação daquele que é provavelmente o maior meio de subsistência daqueles órgãos de administração local. Mais, muitas são as Juntas que têm a receber do executivo municipal milhares de euros de obras que já realizaram, devidamente aprovadas pela Autarquia. Relembro-lhes que sem os duodécimos, torna-se praticamente impossível para os Presidentes de Junta pagarem os ordenados dos seus funcionários, garantirem os transportes escolares, entre outras valências. Uma coisa é certa, os Presidentes de Junta irão ser recebidos com muito “chá” e “cordialidade” quando se deslocarem aos paços do Concelho para tentarem averiguar do paradeiro do dinheiro que lhes é devido.

Ponto número dois: os fornecedores da Câmara. O presidente do executivo do PSD garantiu que iria pagar a(s) dívida(s) do município em 100 dias, pois bem, já lá vão 4 anos e meio de mandato e o cenário relativo às facturas por pagar é calamitoso. Novamente, aquando da “colecta das dívidas” os fornecedores dispuseram de várias “mordomias” à sua disposição.

Em relação à Situação Orçamental Camarária o cenário é tão nebuloso e devastador que pouco há a acrescentar. A questão primordial que se coloca nem será tanto o valor da avença mensal, mas sim o princípio que lhe está subjacente. O actual executivo, que transita do mandato anterior, põe à frente do interesse da população e da saúde financeira do concelho, princípios de “maquilhagem política”, preocupando-se com questões claramente secundárias e de vaidade, esquecendo-se que tem para com as pessoas que o elegeram o compromisso de uma gestão saudável e responsável dos parcos recursos financeiros que restam a Santarém.


Pela JS Santarém

Tiago Preguiça

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